Demorei muito sofrendo pelo fato de ter tido meu coração partido tantas vezes. De ter amado incondicionalmente, lutado para fazer com que durasse por muito tempo e depois acabando sofrendo por causa do adeus inesperado. Mas um dia eu cansei, lutei o máximo que pude , enxuguei minhas lágrimas e eu prometi para mim mesma que eu não passaria por isso mais.

     E agora você chega de surpresa, está pensando oque? Pode ir parando com essas suas manias de dizer que sou a única que te faz sorrir, que seu maior desejo é poder está comigo e que adora o jeito que eu olho para teus olhos. Faça ao contrário grite comigo, me diga o quanto sou enjoada e perfeccionista, ao invés dessas palavras que me fazem me sentir especial.

     Não me convide, por favor, para ir ao cinema com você e dividir a mesma pipoca; muito menos diga que quer que eu conheça a sua família ou me peça para passar o fim de semana com você te fazendo companhia. Você acha fácil acostumar com a vida sozinha sendo tratada como qualquer? Demorei muito tempo para conseguir e não quero ter que ser obrigada a fazer isso de novo.

     Ontem me peguei pensando em você, há uns tempos para cá virou rotina isso acontecer comigo, viu oque você está fazendo? Daqui a pouco eu estarei apaixonada como da outra vez, se é que isso já não acontece. Depois começo a ficar otimista e bobinha de novo, entrego todo o meu amor por você e depois vai embora, assim como os outros.

    Ouço a campainha tocando, olho pela janela do meu quarto e te avisto em frente à porta me esperando para me levar para jantar. Desço as escadas, abro a porta, você da um sorriso me perguntando se estou pronta e logo digo que sim.

     Eu só sei que tenho milhares de motivos para não querer me apaixonar por você, mas quando estou contigo sinto meu mundo tão simples e ao mesmo tempo tão completo, que todos os problemas e medos que possuo de sofrer novamente por amor, acabam sei lá, desaparecendo, fazendo com que eu tenha vontade de fazer tudo por você. Com você. Todos os dias da minha vida.

Post Feito Por
Eduarda Furtado


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